sábado, 2 de outubro de 2010

Se fossem só as visitas de estudo e as aulas práticas até estávamos bem. No entanto, tenho conhecimento que nem todos os formandos do centro, foram tratados de igual forma em relação à questão dos passes...ver "este país não é para pobres".Já agora, porque razão a nossa hora de saída tem que ser cumprida ao segundo, e quando chegamos ao comboio, depois de uma boa corrida, há formandos que já lá estão sentados calmamente há já alguns minutos. Em relação à “mossa” que o blog poderá estar a fazer, se calhar é melhor pensarmos bem se queremos continuar. Já fomos avisados várias vezes para termos cuidado com o que escrevemos, inclusivamente já me disseram que era perigoso...para quem...!?.Se calhar devíamos "trocar" o blog pelo livro de reclamações. Não sei se sentiríamos mais represálias mas, mais “mossa” faríamos, de certeza. Entretanto, ouvi dizer que o livro não estava disponível para formandos, espero bem que tenha sido uma brincadeira de mau gosto, porque isso seria uma situação muito grave. Era bom que os formadores, que nos apoiam anonimamente e nos reconhecem razão, não tivessem receio de denunciar certas situações que, conhecem melhor que nós. Têm família, filhos, contas para pagar, etc.….compreendo. Também eu! E estou a fazer um investimento, a todos os níveis, muito grande. Grande demais para me tentarem disciplinar, como se fosse um miúdo. Posso ter muito a perder, mas não perco algo que é muito importante para mim, a minha dignidade.
Pedro Pacheco

5 comentários:

  1. É verdade colega Pedro, eu ontem tive a maior dificuldade em chegar ao livro de reclamações, e que não era para formandos,mas a muito custo, acabei por escrever o que entendo de desajustado, por coincidência estávamos numa aula de CP(cidadania),nesta mesma aulas, é nos ensinado uma coisa, os responsáveis do centro fazem outra...
    Na próxima mensagem eu esclareço tudo...
    Medo? de que cor é o medo?

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  2. A leitura possível, para mim, do que neste Centro se vai passando deve-se ao há muito instituído, sentimento do faz de conta. Grande parte dos formandos, que por este local passaram e vão passando, serviu-lhes ou serve-lhes apenas a Instituição como uma fonte de magro rendimento para a sobrevivência, de quem sofre com o desemprego. Sendo o curso um meio para atingir outro fim. Com plena consciência de tal vai o centro ministrando curso após curso, cumprindo quase e só calendário. Sobrevivendo toda a organização da massa humana, que por aqui vai passando. No entanto a inépcia de quem administra e mantém a máquina em funcionamento, não consegue fazer destrinça entre os que querem realmente formar-se, e somos muitos, e os outros que menos preocupação têm ou tiveram na dita formação. A idade dos formandos também nada lhes diz!

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  3. Caro Pedro, em relação à discriminação que tu salientas em relação à hora de saída é visível que há alguém que nos dá muita importância.
    Deixarmos de blogar? Nunca! A palavra sempre terá muita força. mais vale morrer de pé do que viver de joelhos a vida assim me ensinou. Antes de para cá vir já trabalhava e hei-de continuar a fazê-lo, mesmo que isto acbasse hoje.
    trocar esta forma de expressão pelo livro?
    Esse tal livrinho amarelo, qual bíblia do tempo da inquisição, ele existe (ou este centro já é privado?)e constitucionalmente tem que haver sempre resposta às suas reclamações. Ou será que a formação ainda não chegou aos competentes funcionários e todos pensaram que iriam gerir esta instituição como de uma escola secundária se tratasse?

    Ricardo Coelho

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  4. Aí é que tu te enganas, caro Luís. A idade dos formandos diz-lhes e muito. A média de idades do nosso grupo ronda os 40 anos. A maioria tem mais de 30 e menos de 50, ou seja não tem as reservas de quem sentiu na pele uma ditadura, por outro lado já não tem idade para andar a brincar com a vida.

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  5. Amigo Pedro não poderia eu estar mais de acordo contigo.
    O que tenho ouvido, junto com o que tenho visto… deixa-me muito preocupado.
    Estamos nas mãos de uma instituição que eu tinha como nobre e ainda quero ter…
    Mas quem nela trabalha ou dirige certamente que não vive no nosso planeta, temos assistido a tudo e aquela pessoas que tínhamos como esperança, não para que nos resolvessem os problemas, mas que nos ajudassem a minimiza-los e para meu espanto quando solicitamos algo a que temos direito, deparo-me quase em frente a um pelotão de fuzilamento das SS…
    Só não o fazem literalmente porque aí acabava-se o tacho mas enfim…
    Como já foi dito por muitos e muitas vezes, a famosa liberdade que se fala, que aparentemente alguém conquistou no dia 25 de Abril de 1974 é uma falsidade e a prova provada é este centro onde toda e qualquer liberdade nos é negada a que temos é praticamente arrancada á força.
    Tenho muita pena … Mas se serve de consolo digo-vos que não desistirei de ter ou lutar pelo que é meu como a opinião e a dignidade.

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