sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Selecção natural ou desleal?

 Vou-vos contar uma história verídica que ao fim de cerca de onze meses ainda mexe comigo.
 Tudo começou no centro de emprego de Sintra, onde me fui inscrever como desempregado a 2 de Abril de 2009.  Vi no desemprego a oportunidade de estudar e quem sabe de poder fazer daqui para a frente o que realmente gostava. ENRGIAS RENOVAVEIS
No dia 3, enviei um e-mail para uma Doutora do centro de emprego em Sintra de nome A.P no sentido de marcar uma reunião a fim de me ajudar ou orientar a fazer a inscrição na formação que eu tanto desejava. Prontamente, esta senhora telefonou-me e no dia 13 do mesmo mês, estava inscrito para frequentar o curso de, TECNICO INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS. Nisto tudo, havia um senão… A doutora A.P telefonou para o Centro de Formação Profissional de Setúbal e falou com a doutora C.S. e ficámos a saber que havia 3 ou 4 pessoas à minha frente, mas como estávamos em Abril e inicialmente esta formação era para Setembro até lá alguns desistiam e eu tinha então o meu lugar tão desejado.
A 6 de Agosto recebi uma carta para me apresentar no centro de formação de Setúbal no dia 19 de Setembro para dar sequência à minha formação. Nem imaginam, eu parecia um puto com um novo brinquedo.
A 10 de Setembro recebo outra carta onde explicam que: por motivos, passo a citar: como deve depreender, o espaço oficinal é fundamental para o desenvolvimento desta acção, nomeadamente na componente teórico-prática e na prática simulada, infelizmente, ainda não se encontra totalmente equipado.
Assim, vimos por este meio informar que no dia 2009.09.16 não se irá realizar o acolhimento para o curso, ficando para data posterior, que será oportunamente comunicada.”
Foi como se me tivessem tirado o tal brinquedo…
A 9 de Novembro, finalmente recebi nova carta onde dizia que no dia 16 deveria apresentar-me em Setúbal no centro de formação profissional a fim de dar continuidade à tão esperada formação…
Esta acção durou parte do dia com esclarecimentos e no final com um teste psicotécnico.
Para meu espanto estávamos nesta acção cerca de 84 pessoas e quem falava em nome do centro de formação foi claro em dizer que só iria haver duas turmas com 20 elementos cada.
Como tinha dito no inicio eu tinha 3 ou 4 pessoas à minha frente estava tranquilo porque seguramente alguém já tinha desistido, qual não é o meu espanto que no dia 19 de Novembro recebo mais uma carta, mas agora dizia que eu era suplente. Parece que ninguém tinha desistido, sem demora agarrei no telemóvel e liguei para o centro de formação de Setúbal e pedi para falar com a Doutora C.S. o que ela me tranquilizou dizendo para ter calma por nesta hora desistem sempre pessoas… Pensei cá para mim se forem tantos como antes estou tramado.
Mudei de estratégia em vez de ficar à espera tornei-me numa “carraça” e liguei, por vezes, mais que uma vez por dia para falar com a doutora C.S. no sentido de saber se alguém havia desistido… Até que num telefonema me disse que tinha entrado no tão esperado e ansiado Curso Técnico Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos.
Ao fim de dez meses de formação estou convencido  que naquele grupo havia mais alguns como eu, com vontade de aprender, mas não lhes foi dado a oportunidade que tanto quereriam.
Com todas estas peripécias, chego a conclusão que a nossa selecção foi tudo menos natural. Olho para a nosso curso e para outros existentes no Centro vejo que foram seleccionadas pessoas que, à partida, apostamos que nunca vão terminar a formação e não nos enganamos, algumas nunca aparecem outras começam a faltar dia sim, dia também, existem aquelas que têm de estar presentes para não perderem os subsídios, mas não produzem e só destabilizam a formação. Enfim, serei eu mais atento a estas coisas do que aqueles que todos os dias tem a incumbência de seleccionar as pessoas para começar novas formações?
Por isso abram os olhos e escolham, quem realmente quer aprender e não por simpatia ou porque é um coitadinho a quem vão tirar o subsidio.
Já agora, a nossa formação começou mais tarde para se poder equipar o espaço onde a componente prática se iria desenvolver…
TRETAS, vejam em baixo, a foto do dito espaço e os painéis que compraram para nós, servem para brincar aos técnicos.

PS: Não brinquem com quem quer ajudar o país a sair da miséria em que se encontra, não estraguem dinheiro com quem não quer fazer nada. Assim poderiam comprar equipamento à altura da formação em questão e tirar partido dele.
Emanuel Santos   

6 comentários:

  1. Reformulado o que inicialmente comentei, entendo que, aqui não é o sitio certo para se "lavar roupa suja", ou dizer mal do curso em comentários pessoais.
    Porque é muito fácil classificar os outros, mas não poderemos esquecer, que somos os outros dos outros.
    Se os empresários das energias renováveis andarem à procura de empregados para as suas empresas, este tema aqui retratado, não será certamente um bom cartão de visita...
    Se eu tinha intenções e mudar para os solares térmicos,fico mesmo pela intenção... Levarei este curso até ao fim, porque há comentários que ainda me motivam mais.
    Colegas levarei este curso até ao fim....
    Força e boa sorte a todos.

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  2. Não te apoquentes amigo Nelson, os cobiçosos serão sempre, e tu é que te apoquentas…
    Só por curiosidade, este texto colocado no bloog foi feito em horário de aulas pelo Balelas Emanuel… Afinal que são os outros? quanto tempo despendido neste texto?

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  3. O objectivo deste artigo, não é denegrir a nossa formação, e muito menos as 2 doutoras que me ajudaram a chegar onde cheguei. A elas o meu muito obrigado pela nova oportunidade que me estão a proporcionar.
    O meu 1º objectivo foi mostras que não é fácil entrar num curso que realmente queremos, por cauda de muita coisa que nos é alheia, mas algumas são evidentes.
    2º Objectivo, quero, exijo e tenho direito a uma formação dignas do título que vou usar “TECNICO”.
    Quanto à possibilidade do cartão-de-visita ficar mal ou bem, não te preocupes, porque quem lê com olhos de ler vê que estou a lutar por algo melhor e superior a que tenho direito.
    E caro colega cobarde que se esconde por de trás da nossa conta de e-mail, e não é capaz de dar a cara, sim é para ti. Este texto não foi feito no horário de formação, mas sim publicado, e mesmo que fosse não tinhas nada que ver com isso.

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  4. Por aqui não vamos a lado nenhum, Algo que o grupo utiliza para divulgar as novas tecnologias para todo o mundo, é utilizado para lavar a roupa suja. Não entremos por aí, vamos falar em vez de pôr a boca no trombone e queimar todo o mundo. Não me sinto atingido e todo o mundo que comigo priva, sabe porquê. A falar é que nos entendemos, entre nós, sem exposição. RJ.

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  5. No meio desta guerra de palavras, absurda e completamente sem sentido, sinto a obrigação de me abster. Em dois dias foram aqui escritas verdades, verdades incompletas e mentiras. Há duas coisas a lamentar no fundo. Primeiro: julgo que o meio usado para transmitir as mensagens (verdadeiras ou falsas), não foi o mais correcto. Fomos todos atingidos e tal como em todas as guerras, as pessoas inocentes sofrem sempre mais. Segundo: mais que lamentável, é inadmissível que alguém escreva em nome da turma sem assinar. Nesta situação uma pessoa foi atingida e qualquer um pode ter disparado. Foi, sem dúvida, um acto de grande cobardia. Pelo menos para mim que tenho a mania da frontalidade.

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