quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O BALDE DE CARANGUEJOS


    Praia fora na baixa-mar, caminhava o Chico Bento a apanhar caranguejos. Um a um ia-os colocando num balde sem tampa.
    Silvério de Jesus, exercitava o esqueleto junto à rebentação. Não consegue contudo ficar indiferente, ao facto dos caranguejos não fugirem do balde aberto.
    Sem rodeios pergunta ao Chico, o porquê dos crustáceos não fugirem.
    Este sorri, e prontamente o elucida: - São caranguejos portugueses…se algum tenta vir acima, os outros puxam-no imediatamente para baixo.

                                         Luís Contumélias

4 comentários:

  1. Por isso é que eu ando sempre aos “coices” para que esses "portugueses" me larguem da mão e me deixem sair do maldito balde.

    ResponderEliminar
  2. Algumas vezes entendo os que se deixam puxar e assim ficar para traz, mas como admiro os que "conseguem pular a cerca"...

    Nelson

    ResponderEliminar
  3. Se o problema é quando só há um a conseguir sair. Eu propunha, abanarmos o balde, todos em conjunto. De maneira a que ele tombe e possamos todos sair de dentro dele. Realmente, pensando bem o "português" parece um caranguejo. Anda sempre com as pinças para dentro. Parece que está a contar os tostões. Só sabe andar para os lados ou para trás, não consegue andar para a frente.

    ResponderEliminar
  4. Pouco provável, é mesmo pouco provável que os caranguejos se olhassem de igual para igual. Se unissem e fugissem do balde. Os lacaios, são piores que os mandantes.

    ResponderEliminar