sábado, 30 de outubro de 2010

A RUÍNA


A Ruína

Peça num só acto.

A cena decorre nos nosso dias.

O cenário:

   Numa pequena sala rectangular, mal iluminada, estão dezoito homens sentados, distribuidos por detrás de nove mesas. Todos  se vestem de igual. Estão posicionados em “U” em relação a um orador que está de pé. Este tem na sua frente uma secretária metálica. Atrás, um grande quadro branco.
   As cadeiras utilizadas, são do tipo esplanada de “café de bairro”, dos subúrbios degradados, de um qualquer aglomerado populacional. Cada uma das mesas é ocupada por dois indivíduos. Estas são de construção básica, têm tampos de fórmica cinzenta. Condizem com o ambiente

Sobe o pano:

   Um silêncio profundo domina o espaço. Ninguém se move, com excepção do orador que de pé, por detrás da secretária, gesticula. Da boca, saem-lhe palavras mudas, para o público.
   Um ruído, de estática, no inicio quase inaudível, vai ganhando volume. Progressivamente  tornar-se-à ensurdecedor. O tempo passa sem que mais nada ocorra.  
   Finalmente, um movimento. No limiar da dor, um dos intervenientes, levanta-se e tenta sem êxito fazer-se ouvir.
   Outro se põe de pé, enrubescido pelo esforço, feito inutilmente, para que o escutem..
   Um outro, e mais outros se levantam, bradando a plenos pulmões.
   Os espectadores nunca saberão o teor das palavras vociferadas.
   Na abertura do “U” os oradores vão passando, alheios ao drama vivido pelos presentes.
   As vozes do grupo em uníssono abafado, pouco menos são que inúteis. Porém funcionam como um elemento aglutinador. Mantêm-no coeso.
   Num repente um dos membros da equipa levanta-se, despe a camisola, atira-a ao chão. O estrépito que se fazia ouvir, insuportável, no limitado espaço desvanece-se. Alguém na sombra dos bastidores, desliga o ruído de fundo. A voz ouve-se agora perfeitamente.
    Personagem E: - Abram os olhos e escolham quem realmente quer aprender, e não por simpatia, ou porque é um coitadinho, a quem vão tirar o subsídio.
  Rompe-se a união que caracterizava o grupo. Fica em causa o critério usado na triagem  de cada um dos elementos. Intrinsecamente o valor dos atributos individuais, no momento da selecção.
    O silêncio volta a dominar o ambiente.
   Um som cavo, acompanhado de um tremor, ganha força assustadoramente. Solta-se o verniz protector, a cor da tinta esbate-se. Em poucos segundos, todo o cenário se desmorona.
   Os intervenientes na cena, precipitam-se descontroladamente para a saída. É cada qual por si.
Caí o pano
(Ninguém aplaude)
                                                                  
                                                                  Por: Luís Contumélias

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Selecção natural ou desleal?

 Vou-vos contar uma história verídica que ao fim de cerca de onze meses ainda mexe comigo.
 Tudo começou no centro de emprego de Sintra, onde me fui inscrever como desempregado a 2 de Abril de 2009.  Vi no desemprego a oportunidade de estudar e quem sabe de poder fazer daqui para a frente o que realmente gostava. ENRGIAS RENOVAVEIS
No dia 3, enviei um e-mail para uma Doutora do centro de emprego em Sintra de nome A.P no sentido de marcar uma reunião a fim de me ajudar ou orientar a fazer a inscrição na formação que eu tanto desejava. Prontamente, esta senhora telefonou-me e no dia 13 do mesmo mês, estava inscrito para frequentar o curso de, TECNICO INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS. Nisto tudo, havia um senão… A doutora A.P telefonou para o Centro de Formação Profissional de Setúbal e falou com a doutora C.S. e ficámos a saber que havia 3 ou 4 pessoas à minha frente, mas como estávamos em Abril e inicialmente esta formação era para Setembro até lá alguns desistiam e eu tinha então o meu lugar tão desejado.
A 6 de Agosto recebi uma carta para me apresentar no centro de formação de Setúbal no dia 19 de Setembro para dar sequência à minha formação. Nem imaginam, eu parecia um puto com um novo brinquedo.
A 10 de Setembro recebo outra carta onde explicam que: por motivos, passo a citar: como deve depreender, o espaço oficinal é fundamental para o desenvolvimento desta acção, nomeadamente na componente teórico-prática e na prática simulada, infelizmente, ainda não se encontra totalmente equipado.
Assim, vimos por este meio informar que no dia 2009.09.16 não se irá realizar o acolhimento para o curso, ficando para data posterior, que será oportunamente comunicada.”
Foi como se me tivessem tirado o tal brinquedo…
A 9 de Novembro, finalmente recebi nova carta onde dizia que no dia 16 deveria apresentar-me em Setúbal no centro de formação profissional a fim de dar continuidade à tão esperada formação…
Esta acção durou parte do dia com esclarecimentos e no final com um teste psicotécnico.
Para meu espanto estávamos nesta acção cerca de 84 pessoas e quem falava em nome do centro de formação foi claro em dizer que só iria haver duas turmas com 20 elementos cada.
Como tinha dito no inicio eu tinha 3 ou 4 pessoas à minha frente estava tranquilo porque seguramente alguém já tinha desistido, qual não é o meu espanto que no dia 19 de Novembro recebo mais uma carta, mas agora dizia que eu era suplente. Parece que ninguém tinha desistido, sem demora agarrei no telemóvel e liguei para o centro de formação de Setúbal e pedi para falar com a Doutora C.S. o que ela me tranquilizou dizendo para ter calma por nesta hora desistem sempre pessoas… Pensei cá para mim se forem tantos como antes estou tramado.
Mudei de estratégia em vez de ficar à espera tornei-me numa “carraça” e liguei, por vezes, mais que uma vez por dia para falar com a doutora C.S. no sentido de saber se alguém havia desistido… Até que num telefonema me disse que tinha entrado no tão esperado e ansiado Curso Técnico Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos.
Ao fim de dez meses de formação estou convencido  que naquele grupo havia mais alguns como eu, com vontade de aprender, mas não lhes foi dado a oportunidade que tanto quereriam.
Com todas estas peripécias, chego a conclusão que a nossa selecção foi tudo menos natural. Olho para a nosso curso e para outros existentes no Centro vejo que foram seleccionadas pessoas que, à partida, apostamos que nunca vão terminar a formação e não nos enganamos, algumas nunca aparecem outras começam a faltar dia sim, dia também, existem aquelas que têm de estar presentes para não perderem os subsídios, mas não produzem e só destabilizam a formação. Enfim, serei eu mais atento a estas coisas do que aqueles que todos os dias tem a incumbência de seleccionar as pessoas para começar novas formações?
Por isso abram os olhos e escolham, quem realmente quer aprender e não por simpatia ou porque é um coitadinho a quem vão tirar o subsidio.
Já agora, a nossa formação começou mais tarde para se poder equipar o espaço onde a componente prática se iria desenvolver…
TRETAS, vejam em baixo, a foto do dito espaço e os painéis que compraram para nós, servem para brincar aos técnicos.

PS: Não brinquem com quem quer ajudar o país a sair da miséria em que se encontra, não estraguem dinheiro com quem não quer fazer nada. Assim poderiam comprar equipamento à altura da formação em questão e tirar partido dele.
Emanuel Santos   

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

FUJAM ESTÁ A ARDER


Desde que acabou o nosso modulo de H.S.T. (Higiene e Segurança no Trabalho), que me pergunto; para onde seguir em caso de incêndio, o que fazer e onde estão as saídas de emergência.

Nos vários locais onde trabalhei, ou sempre que vou a um estabelecimento publico, tenho a curiosidade de observar onde estão as plantas do edifício ou piso e quais as saídas de emergência mais perto. Qual o meu espanto quando, num Centro de Formação, não encontro nenhuma planta do edifício e muito menos fui informado de um plano de emergência e evacuação, (de afixação obrigatória).

Será este edifício um mundo à parte? As regras, foi me transmitido pelo o Director do Centro, são para cumprir.

Então, pergunto eu, como foi feita a inspecção a este edifício? Quem certificou este, para dar cursos de formação?

Os extintores, eu até os encontro, os alarmes de fogo e incêndio até parece que funcionam, (apesar de só agora se estar a montar os sensores nos corredores) e parece que talvez vá aparecer uma linha de água para os sprinklers.

Mas então o que fazer no caso de um destes alarmes disparar? Qual o comportamento a ter? Onde é a saída de emergência mais próxima? Onde é o ponto de encontro? Onde estão as plantas de cada piso afixadas no edifício? Onde está sinalética a indicar as saídas de emergência e o percurso para saída?

Como e porque é que, este Centro não cumpre com a legislação de H.S.T. em vigor?

Acho que são perguntas pertinentes às quais gostava de ter uma resposta, para minha segurança e para a dos outros formandos.

HÁ AÍ ALGUÉM QUE ME POSSA ELUCIDAR?

Agradecia R.JORDÃO


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

ARRUACEIROS

O que faz um grupo de formandos quando não tem formação?



Pois é, surpreendido?  
Nós trabalhamos, aproveitamos esses furos para por trabalhos em dia,  como as reflexões. Outros simplesmente para pesquisar. 
Emanuel Santos

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

ADMINISTRAÇÃO SEGURANÇA E TERRITÓRIO


     Januário Domingos, o Malagueta, homem rude, nasceu numa pequena aldeia. Cedo se apercebeu que o negócio da sucata seria rentável.
    No alto dos montes onde pastava as ovelhas, todos os dias assistia à distância a acidentes provocados quer pelo mau estado do piso quer pela incúria dos condutores.
   Vendeu as ovelhas, e às portas da cidade que ficava próxima, instalou-se dentro da vedação do terreno que comprara.
  Não tardou nada, e tinha um considerável parque de sucata automóvel.
  Travou conhecimento com alguns agentes da GNR local, que procuravam viaturas roubadas. Amigos que eram de animados e bem regados petiscos, logo o Malagueta arranjou lebres, coelhos e que mais…
  Foi assim que conseguiu que fossem fechando os olhos, ao facto de andar a conduzir sem carta, e sempre bêbado. O Januário sabia lá da existência da DGV actual IMTT, instituto da mobilidade e transportes terrestres, nem ler sabia…
  Mas os tempos mudaram. O Malagueta, não. Um dia decide fazer uma viagem à terra, na velha Ford transit, que nunca conheceu uma IPO, inspecção periódica obrigatória. Seguro obrigatório nem vê-lo.
   Precedido por uma nuvem de fumaça, acelera estrada fora. Ao chegar perto da aldeia surge-lhe de repente uma rotunda, que o Malagueta jura não existir antes. Visa a dita rotunda diminuir a velocidade de aproximação dos condutores ao cruzamento, para que a circulação se faça em maior segurança.    Decisões da Prevenção Rodoviária. Em menos tempo que eu demorei a fazer a descrição, já o Januário tinha desfeito uma roda e o triângulo da suspensão. Mas este não se deixou abater.
   Outro dia, outro chaço nas mãos, e ala que é cardume. Desta vez com atenção às rotundas. Consegue mesmo ultrapassar a fatídica, onde deixara uma roda completa ainda tão boa. Recordou. Contudo à entrada de outro cruzamento há semáforos…automáticos, de indução magnética. Detectam a viatura por variação de campo. Farto de esperar, pois parara antes da área de detecção, passa com o vermelho.   Algumas semanas depois o antigo dono do carro receberá a foto e a multa.
   Tratou do que tinha a tratar, comeu e bebeu melhor, e para evitar percalços, decidiu o regresso pela nova auto-estrada, que a Brisa geria.
Prego na chapa, aí vai o Domingos empenhado em saber que velocidade ainda marcará o velho carro. Foi a suficiente para fazer disparar o radar instalado no percurso.
   Num ápice o Malagueta vê a vida a andar para trás. É-lhe feito alto e encaminhado para uma área de serviço. Conhece pela primeira vez o alcoolímetro, onde é obrigado a bufar desalmadamente, sendo a escala curta para a medição. Sem seguro, sem carta de condução, nem inspecção, o Januário está condenado. É conduzido aos calabouços da GNR a aguardar julgamento até ao dia seguinte.
   O juiz é implacável e põe o Domingos à sombra durante uns meses.
  Na saída um novo rebanho de ovinos, aguarda-o apascentando calmamente na relva da rotunda do presídio.

                                   LUÍS CONTUMÉLIAS



sábado, 16 de outubro de 2010

PARTICIPAR OU NÃO PARTICIPAR (reposição)


Repescado, o artigo, pelo nosso companheiro Eugénio Horta.
     Enegrecida pelo tempo, e ignóbil no ser, ainda há quem a queira manter viva.
     Assim começava o artigo publicado há quatro meses atrás, poderá conferir AQUI.
    A situação praticamente pouco se alterou. Deixo claro que apenas quero apontar os visionários que elaboraram o referencial. Dou como exemplo: o que vou eu ficar a saber sobre forças vetoriais, sem saber de trigonometria? Mais, onde vou encaixar nos painéis fotovoltaicos um sistema de frio? Também não sei que fazer com a Contabilidade, ou com a Tribologia e quejandos.
      Pensando melhor...tudo isto é reflexo do País que somos.
      Claro que não vivemos numa verdadeira ditadura. Escolhemos viver numa democrática ditadura, para evitar ter de pensar.
     Amanhã irei  pedir à Fátima que o miserável estado a que chegámos, termine. Resta-nos esperar calmamente o milagre. Ámem.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Código deontológico do Técnico Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos

ENERGIA SOLAR
A energia solar é a fonte de energia mais abundante na Terra. Calcula-se que o seu valor seja cinco mil vezes superior ao somatório de todos os outros tipos de energia (nuclear, geotérmica, hidroeléctrica, etc.).
Para ter uma ordem de grandeza, estima-se o consumo anual de energia na Terra em 1014 kwh, ou seja 1/10000 da energia que o sol envia à Terra. Isto significa que a energia que o sol faz chegar à Terra em menos de uma hora é suficiente para o consumo durante um ano.
A energia solar assume-se assim como uma alternativa válida para satisfazer as necessidades futuras do planeta, demasiado dependente de fontes de energia em declínio acentuado (combustíveis fósseis) e de outras fontes de energia supostamente inesgotáveis mas com impactos ambientais graves (nuclear). È também consensual que o esforço financeiro feito durante algumas décadas por diversas potências no desenvolvimento da energia nuclear, se tivesse sido direccionado para a energia solar, estaríamos hoje quase auto-suficientes em termos de geração de energia eléctrica.


BREVE HISTÓRIA DA ENERGIA FOTOVOLTAICA

A Energia Solar fotovoltaica é a energia obtida através da conversão directa da luz solar em electricidade (efeito fotovoltaico). O efeito fotovoltaico, relatado por Edmond Becquerel, em 1839, é o aparecimento de uma diferença de potencial nos extremos de uma estrutura de material semicondutor, produzida pela absorção da luz, o que pode ser usado para gerar electricidade. O semicondutor mais usado nos painéis solares é o silício cristalino de alta pureza, tal como é utilizado na área da electrónica em elementos semicondutores, ao qual são adicionadas substâncias, ditas dopantes, de modo a criar um meio adequado ao estabelecimento do efeito fotovoltaico, isto é, conversão directa da potência associada à radiação solar em potência eléctrica DC.

Mas antes de tudo isto, foi na década de 1880 que a energia eléctrica emergiu, pelos inventos de Thomas Edison, Heinrich Hertz e Nikola Tesla. Foi Thomas Edison quem criou a primeira lâmpada eléctrica comercialmente viável, em 1879, marcando assim o início da sua utilização em massa. O impacto da electricidade na história dos finais do século XIX e século XX é enorme: a gigantesca evolução tecnológica, económica e social a que o Mundo assistiu nos últimos 150 anos teria sido impossível sem o domínio da tecnologia eléctrica, da qual depende todo o sistema global no qual vivemos actualmente.

Ironicamente, a mesma electricidade está hoje no centro de uma nova revolução, na qual cada vez mais vivemos. Depois da euforia evolutiva do século XX, o século XXI terá agora de olhar para os efeitos indesejados dessa evolução, criando soluções que promovam um paradigma evolutivo mais sustentável. O maior efeito indesejado é o da emissão de gases poluentes para a atmosfera, que levou a um aquecimento do planeta com efeitos nefastos que começam a ser bem visíveis. A produção de electricidade, uma das principais responsáveis por essa emissão de gases poluentes, tem de ser repensada.
A produção de energia por meios alternativos surge como primeira resposta a esse problema. A comunidade científica internacional dedica-se há já várias décadas à pesquisa de formas de aproveitar os recursos renováveis que a Terra põe à nossa disposição: a água, o vento e o sol são os principais. É desse esforço que vêm surgindo as tecnologias de aproveitamento das energias renováveis: Os sistemas hidroeléctricos, que aproveitam o caudal dos rios, são já há muito tempo utilizados. A energia eólica, evolução tecnológica dos moinhos de vento, tem sido a grande aposta para geração de electricidade sem emissões poluentes da última década, e continuará certamente a sua evolução exponencial. A energia fotovoltaica dá passos firmes no sentido de seguir esse exemplo.

Datas importantes na história fotovoltaica.
1839 Edmund Becquerel, físico experimental francês, descobriu o efeito fotovoltaico num electrólito.
1873 Willoughby Smithdescobriu o efeito fotovoltaico num material semicondutor, o Selénio.
1876 Adamse Day detectam igualmente o fenómeno no Selénio e constroem a primeira célula fotovoltaica com rendimento estimado de 1%
1883 Charles Fritts, um inventor americano, descreveu as primeiras células solares construídas a partir de camadas “wafers” de Selénio.
1887 Heinrich Hertz descobriu que a influência da radiação ultravioleta na descarga eléctrica que provoca uma faísca entre dois eléctrodos do metal.
1904 Hallwachs descobriu que umas combinações de metais eram sensíveis à luz.
1914 Nesta altura já se conhecia a existência de uma barreira de potencial em dispositivos fotovoltaicos.
1916 Millikan forneceu a prova experimental do efeito fotoeléctrico.
1918 O cientista polacoCzochralski desenvolveu um processo de crescimento de cristais de Silício (Si) a partir de um único cristal.
1923 Albert Einstein recebeu o prémio Nobel pelos trabalhos do efeito fotoeléctrico.
1940/50 Desenvolve-se ométodo Czochralski para obtenção de (Si) de elevado grau de pureza, sob a forma de lingote mono cristalino, para fins industriais.
1951 O desenvolvimento de uma junção n-p permitiu a produção de células a partir de um único cristal.
1954 Realização prática da primeira célula solar de Si mono cristalino (Pearson, Fuller, Chapin). Descoberta do efeito fotovoltaico no Arsenieto de Gálio (GaAs), porWelker, e em cristais de Sulfureto de Cádmio (CdS), por Reynolds e Leies.
1956 Primeiras aplicações terrestres da conversão fotovoltaica (luzes de flash, bóias de navegação, telecomunicações).
1958 Primeiras aplicações espaciais satélite VANGUARD-1 que continuaram com o satélite EXPLORER-6, a nave espacial NIMBUS.
1964 Com um sistema de 470 Wp, o observatório ORBITING (1966) com 1 kWp e o satélite OVI-13 (1968), lançado com dois painéis de CdS.
1959 Realização das primeiras células de Si multi-cristalino.
1963 No Japão, foi instalado num farol, um sistema com 242 Wp fotovoltaicos (a maior do mundo desse tempo).
1972 Com tecnologia de células CdS, foi instalado pela França, na cidade de Niger, um sistema que alimentava uma televisão difundindo a Telescola.
1976 Fabrico das 1ªs células de Si amorfo (Carlsone Wronskida).
1981-83 Foram instalados sistemas de demonstração, vocacionados para aplicações de electrificação de edifícios, produção de água potável, etc.
1982 A produção mundial fotovoltaica ultrapassou 9,3 MW e, desde então não tem parado de crescer...
2009 Vinte homens começam a formação em energia fotovoltaica, no centro de formação de Setúbal. Turma, fotovoltaicos 001.

Descrição Geral
O/A Técnico/a Instalador/a de Sistemas Solares Fotovoltaicos é o profissional qualificado, apto a programar, a organizar e a executar a instalação, a manutenção e a reparação de sistemas solares fotovoltaicos, de acordo com as normas, regulamentos de segurança e regras de boas práticas aplicáveis.

Actividades Principais
• Programar e organizar os trabalhos a realizar:
- Analisar o projecto de instalação, identificando os equipamentos e acessórios a instalar e a sua localização;
- Definir, em sistemas solares fotovoltaicos de pequena dimensão, os equipamentos e acessórios a instalar, a sua localização, dimensionamento e orientação dos módulos solares fotovoltaicos, avaliando as condições físicas do local de instalação, as necessidades térmicas e outras especificações técnicas;
- Providenciar pelas condições necessárias à execução da instalação, da manutenção e da reparação de sistemas solares fotovoltaicos, definindo os métodos de trabalho e preparando os materiais e as ferramentas a utilizar.

• Executar a instalação dos sistemas solares fotovoltaicos, assegurando o cumprimento das normas, regulamentos de segurança e regras de boa prática aplicáveis:
- Proceder à instalação de equipamentos, nomeadamente, módulos solares fotovoltaicos, baterias, regulador de tensão, instalação eléctrica e dispositivos de segurança, a fim de assegurar o correcto funcionamento dos mesmos;
- Proceder aos ensaios do sistema solar fotovoltaico, utilizando equipamentos de medida e controlo, verificando a instalação do sistema, o isolamento térmico, bem como o seu desempenho global aquando do arranque, a fim de assegurar o seu adequado funcionamento.

• Executar a reparação dos sistemas solares fotovoltaicos, assegurando o cumprimento das normas, regulamentos de segurança e regras de boa prática aplicáveis:
- Efectuar o diagnóstico de anomalias nos sistemas solares fotovoltaicos, procedendo ao controlo do funcionamento de equipamentos e acessórios, de acordo com as especificações técnicas dos mesmos;
- Efectuar a reparação de anomalias nos sistemas solares fotovoltaicos, verificando as avarias ocorridas e/ou os equipamentos e acessórios danificados e proceder à sua reparação ou substituição;
- Efectuar os ensaios do sistema solar fotovoltaico reparado, utilizando equipamentos de medida e controlo, verificando o desempenho global do sistema aquando do arranque, a fim de assegurar o seu adequado funcionamento.

• Assegurar a manutenção dos sistemas solares fotovoltaicos, de acordo com os planos de manutenção definidos e efectuar ensaios após intervenção, a fim de assegurar o seu adequado funcionamento.

• Prestar assistência técnica a clientes, aconselhando sobre as diferentes opções e esclarecendo dúvidas sobre o funcionamento dos sistemas solares fotovoltaicos.
• Elaborar relatórios e preencher documentação técnica relativa à actividade desenvolvida.


Código deontológico dos técnicos Instaladores de Sistemas Solares Fotovoltaicos


1. Responsabilidade geral no exercício da profissão


1.1 - O técnico deve abster-se de aceitar trabalhos cuja execução exija mais tempo do que aquele de que dispõe ou ultrapasse a sua competência.
1.2 - O técnico deve ponderar a economia e a qualidade das instalações que projecte ou de que seja responsável, tendo plena consciência de que é um dos elementos responsáveis pela organização em que se insere.
1.3 - O técnico deve opor-se à utilização fraudulenta do resultado do seu trabalho e não colaborar na fabricação, venda ou utilização de materiais que contrariem as disposições regulamentares, a segurança ou interesses da comunidade.
1.4   O técnico deve opor se à utilização de meios desleais na concorrência e adoptará a sobriedade no anúncio dos seus serviços profissionais.
1.5   O técnico, nas soluções técnicas que propuser e adoptar, deve sempre seguiras normas de segurança para o pessoal executante, para os utilizadores e para o público em geral.
1.6   O técnico deve tomar em consideração, nas soluções técnicas que propuser ou adoptar, a protecção do meio ambiente e dos recursos naturais renováveis sempre que estes estiverem em causa.


2. Relações entre os técnicos


2.1 - O técnico, deve, nas suas relações com os colegas actuar sempre com boa fé, com inteira lealdade e em conformidade com os preceitos da deontologia profissional.
2.2   O técnico deve empenhar se em não prejudicar, directa ou indirectamente, a reputação profissional, ou as actividades profissionais de outros técnicos.
2.3 - O técnico deve empenhar se em que não sejam menosprezados os trabalhos de outros colegas, devendo apreciá-los com elevação e apenas no aspecto profissional.
2.4 - O técnico deve prestar aos colegas toda a colaboração possível, de modo a fazer tudo ao seu alcance para que o trabalho de todos tenha o maior êxito e seja prestigiado.
2.5 - O técnico não concorrerá deslealmente com colegas na obtenção de trabalhos ou responsabilidades, nomeadamente:
2.5.1 - O técnico deve recusar substituir um colega quando as razões dessa substituição não forem correctas, nunca o fazendo sem o seu acordo prévio.
2.5.2   O técnico deve recusar proceder a revisão, alteração ou continuação dos trabalhos de outro colega sem prévio acordo deste.


3. Relações com os proprietários ou utilizadores das instalações, empreiteiros e fornecedores


3.1   O Técnico deve nas suas relações profissionais usar de inteira lealdade, procurando dar aos problemas as melhores soluções técnicas e económicas sem lesar os legítimos direitos dos intervenientes.
3.2   É obrigação do Técnico contribuir para a realização dos objectivos económicos e sociais dos empreendimentos em que coopera.
3.3 - O técnico deve abster-se de exercer actividades concorrentes com as do seu empregador.
3.4 - O técnico apenas deve apresentar-se a concursos públicos ou privados, para prestação de serviços da sua competência, quando aqueles sejam abertos.
3.5   O técnico só deve assinar os pareceres, projectos ou outros trabalhos profissionais desde que seja seu autor ou orientador / coordenador.
3.6   O técnico deve prestar os seus serviços com diligência e pontualidade, nunca abandonando, sem justificação, os trabalhos ou cargos que lhe estejam confiados.
3.7   O técnico não retardará injustificadamente a emissão de documentos que habilitem os empreiteiros ou fornecedores a cobrar os seus serviços ou a exercerem as suas actividades.
3.8   O técnico não receberá, da parte de fornecedores ou empreiteiros quaisquer benefícios, percentagens ou comissões sobre fornecimentos.
3.9   O técnico deve recusar a execução de trabalhos ou colaboração sobre os quais saiba que se terá de pronunciar no exercício de outras funções.


4. Relações com colaboradores


4. 1   O técnico deve, nos trabalhos ou nos serviços de que está encarregado, actuar, no que se refere às suas relações com colaboradores, de forma a eliminar ou impedir a prática de qualquer discriminação.
4.2   O técnico deve promover a aplicação das técnicas de prevenção e segurança no trabalho, cooperando no alargamento e melhoria dessas técnicas.
4.3   O técnico deve avaliar com objectividade o trabalho dos seus colaboradores, contribuindo, sempre que possível, para a sua valorização e promoção profissionais.


5. Segredo profissional


5.1   O técnico não divulgará nem utilizará segredos profissionais nem informações científicas e técnicas obtidas no exercício das suas funções na medida em que disso possam a vira resultar prejuízos para os autores das descobertas correspondentes ou para os seus legítimos detentores.
5.2   O técnico procederá, no que respeita às políticas das empresas, com o mesmo espírito com que deve encarar os segredos científicos e técnicos.


6. Remunerações


6. 1 - O técnico deve ser remunerado apenas por serviços que efectivamente preste e na proporção do seu justo valor, não praticando dicotomia de honorários ou outra forma de distribuição destes.
6.2.   O técnico deve recusar a sua colaboração em trabalhos cujo pagamento esteja dependente dos seus resultados, confirmarem uma conclusão pré determinada ou demonstrarem a viabilidade económica de um empreendimento.


7. Peritagem e arbitragem


7.1   O técnico deve, ao emitir pareceres profissionais, fazê-lo com objectividade e isenção.
7.2   O técnico deve, quando testemunhar perante tribunal ou inquiridor, exprimir apenas opiniões fundamentadas em conhecimentos técnicos adequados e com honesta convicção.


8. Actividade associativa e profissional


8.1   O técnico deve, na sua actividade associativa e profissional, actuar no sentido de promover o desenvolvimento da técnica e a melhor aplicação desta ao progresso económico social da comunidade de que faz parte.
8.2   O técnico deve, nas associações profissionais a que aderir, manter o prestígio da profissão, por uma conduta irrepreensível e pelo valor da sua colaboração.

Web grafia:

BREVE HISTÓRIA DA ENERGIA FOTOVOLTAICA

ENERGIA SOLAR
Datas importantes na história fotovoltaica.
fotovoltaicos001.blogspot.com
Descrição Geral
Actividades Principais
www.catalogo.anq.gov.pt/AreasEducacaoFormacao/.../Referenciais%20de%20Formao/522212
Código deontológico
www.azores.gov.pt/NR/rdonlyres/A8888929.../PortariaN412009.doc

Trabalho realizado pela Turma; Fotovoltaicos 001

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Chapéus há muitos



Ugh, how cliche! As Marketing Director for a tech startup, I wear many hats.



Não se pode dar uma rajada de tiros para o meio de uma multidão e esperar atingir apenas as pessoas certas. Versão contraditória da história da carapuça. Quando se rotula um grupo ou uma classe não se pode esperar que só os prevaricadores se sintam ofendidos.


Eu poderia dizer que há formadores que, sendo profissionais certificados ou tendo formação académica, viram nos Centros De Formação uma boa alternativa ao desemprego. Há muitos nesta situação. Mas não todos. Há formadores que, pela manhã ao lavar a cara, mereciam era levar dois estalos na cara. Para aprenderem, a ter respeito por quem ainda não teve sequer tempo para fazer por desmerece-lo. Há formadores que também só respeitam o horário de saída. Há formadores que parecem ter engolido um referencial de formação. Depois chegam à sala e despejam tudo cá para fora na esperança que” a malta” apanhe qualquer coisa. Alguns não se dão ao trabalho de preparar bem as aulas, depois com muito jogo de cintura, lá arranjam alguma coisa para falar. Mas, não são todos assim. Como diria o “ GRANDE Toni” destes estilos de género deve haver muitos por esse país fora. Eu conheço um caso ou outro, de outros me contaram. No entanto, volto a repetir, não são todos. Nem a grande maioria. Eu pessoalmente não tenho muitas razões de queixa, passo a bajulação. Tenho conhecido formadores que gostam de dar formação. Sendo assíduos e pontuais, preparam bem as sessões que vão ministrar. Respeitam e exigem respeito. Há formadores que não têm medo de enfrentar o sistema que os prejudica. Outros, de encarar os formandos que destroem as instalações na cara deles ou os ofendem. É desta linhagem que rezará a história, os outros nunca serão ninguém.

Tal qual os formandos. Aqueles que andarem na formação apenas a passar o tempo, depressa se apercebem do erro quando chegarem ao mercado de trabalho.

Pessoalmente apenas quero acabar o curso e faço questão de ter mérito nisso. Não quero ofender ninguém, nem comprar guerras desnecessárias. No entanto não gosto muito que me pisem os pés (não tenho calos nos pés, infelizmente já nem nas mãos eles existem).

Chapéus há muitos. Eu resisto a usar o que me querem colocar.



Pedro Pacheco

AINDA HÁ TEMPO...


     Uma das muitas conclusões a que cheguei sobre o que neste Centro se vai passando, deve-se à há muito instituída, postura do faz de conta.
    Parte dos formandos, que por este local passaram e vão passando, sofrem do estigma do desemprego. Serviu-lhes ou serve-lhes apenas, a Instituição como uma procedência de magro rendimento, para ajudar à sobrevivência.
     Sendo os cursos um meio para atingir outro fim. Com plena consciência de tal, vai o Centro ministrando curso após curso, cumprindo quase e só calendário.
     Sobrevive assim todo o complexo da Instituição, com a massa humana, que por aqui vai passando.
    No entanto a inépcia de quem, a vários níveis, administra e mantém a máquina em funcionamento, não consegue fazer destrinça entre os que querem realmente obter uma formação, e somos muitos, e aqueles que menos preocupações têm ou tiveram na dita formação. A diferente faixa etária dos formandos, também nada lhes diz!
     Persiste no ar uma sensação incómoda, de usurário ansiando a cobrança.

                                 LUÍS CONTUMÉLIAS

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O BALDE DE CARANGUEJOS


    Praia fora na baixa-mar, caminhava o Chico Bento a apanhar caranguejos. Um a um ia-os colocando num balde sem tampa.
    Silvério de Jesus, exercitava o esqueleto junto à rebentação. Não consegue contudo ficar indiferente, ao facto dos caranguejos não fugirem do balde aberto.
    Sem rodeios pergunta ao Chico, o porquê dos crustáceos não fugirem.
    Este sorri, e prontamente o elucida: - São caranguejos portugueses…se algum tenta vir acima, os outros puxam-no imediatamente para baixo.

                                         Luís Contumélias

Homenagem ao coordenador…



O IEFP faz o que está previsto no referencial de formação no que toca aos módulos que serve de orientação na nossa formação de base, mas a realidade não se ajusta ao que realmente precisamos para o nosso mercado de trabalho, este é o meu entendimento. Na verdade uma esmagadora maioria do que foi dado nas aulas, serve para, e só para “passar o tempo”…
Painel solar que vai ser a minha ferramenta de trabalho, ainda nem sequer o vi, decorridos 10 meses... Na verdade e a grande maioria dos módulos, o seu conteúdo tem muita casca e pouco sumo. Ainda por cima, a juntar aos fatigantes módulos “repletos de palha”, temos um coordenador interno que tão mal nos assiste e no meu caso, com grande prejuízo, com todo o respeito ele já é merecedor da sua reforma…  
Nelson Domingos

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Utopia? Ou talvez não…






Eu acredito num futuro melhor, se houver um pouco mais de vontade e dinamismo. O mesmo dinamismo que dou como exemplo já de seguida.
Um pequeno gesto de dinamismo e de visão fez toda a diferença na entrada do IEFP, deste modo a recepção/portaria deste centro, reduziu os engarrafamentos do costume em horas de ponta. Obrigado pelo pequeno gesto, mas uma grande alteração claramente…
Entendo que alguns dos funcionários do centro de Formação Profissional de Setúbal, dão o seu melhor, eu mesmo sou testemunha de alguns episódios. Mas como em tudo na vida, a falta de diálogo e de vontade para se solucionar alguns temas, torna pequenos, em múltiplos problemas que parecem insolúveis…
Gostaria de sair deste Centro de Formação, com as ferramentas necessárias para o meu futuro laboral…

Nelson Domingos

INFORMAÇÃO



      Informamos todos os interessados que, os Formandos do CURSO de TÉCNICOS INSTALADORES  de SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS -  001 NÍVEL-3, não são os maiores.
    Pretendemos, isso sim, todos os dias ser os melhores, na nossa área.
    Terminarmos o CURSO, devidamente formados, e por mérito próprio.
    Não seremos nunca apenas números, para embelezar as estatísticas.
    Neste grupo estamos conscientes das dificuldade, de todos os envolvidos, nesta primeira experiência no sector. No entanto aqui no seio do grupo, não se temem papões, e ninguém prescinde de deveres e direitos!
    Nivelamos por cima, com a fasquia bem alta.
    O respeito a transparência e o sentido de realidade, são qualidades nossas.
    Somos ganhadores. A mediocridade não cabe aqui.
- Análise realizada pelo autor                                 

                                        LUÍS CONTUMÉLIAS

Distribuição da radiação solar e a oportunidade de facturar.


A intensidade da radiação solar fora da atmosfera, depende da distância entre o Sol e a Terra. Durante o decorrer do ano, pode variar entre 1,47 x 108 km e 1,52 x 108 km. Devido a este facto, a radiância varia entre 1.325 W/m2 e 1.412 W/m2. O valor médio é designado por constante solar, EO = 1.367 W/m².
No entanto, apenas uma parte da quantidade total da radiação solar atinge a superfície terrestre. A atmosfera reduz a radiação solar através da reflexão, absorção (ozono, vapor de água, oxigénio, dióxido de carbono) e dispersão (partículas de pó, poluição). O nível de radiância na Terra atinge um total aproximado de 1.000 W/m2 ao meio-dia, em boas condições climatéricas, independentemente da localização. Ao adicionar a quantidade total da radiação solar que incide na superfície terrestre durante o período de um ano, obtém-se a irradiação global anual, medida em kWh/m2. Esta parâmetro varia de um modo significativo com as regiões A irradiação solar, em algumas regiões situadas perto do Equador, excede 2.300 kWh/m2 por ano, enquanto que no sul da Europa não deverá exceder os 1.900 kWh/m2. Em Portugal, este valor poderá situar-se entre os 1.300 kWh/m2 e os 1.800 kWh/m2. São notáveis as diferenças sazonais existentes por toda a Europa, quando se observa a relação entre a radiação solar para os períodos de Verão e de Inverno.

Com toda esta energia a chegar a toda a hora resta-nos algumas alternativas no nosso caso, assim vou enunciar duas delas.

Um sistema fotovoltaico com ligação à rede que é composto, normalmente, pelos seguintes componentes:
1. Gerador fotovoltaico (vários módulos fotovoltaicos dispostos em série e em paralelo, com estruturas de suporte e de montagem)
2. Caixa de junção (equipada com dispositivos de protecção e interruptor de corte principal DC)
3. Cabos AC-DC
4. Inversor
5. Mecanismo de protecção e aparelho de medida Os componentes individuais serão descritos pormenorizadamente no capítulo

De início, o local preferencial para a instalação técnica fotovoltaica, foi o topo dos telhados dos edifícios. Posteriormente, a integração dos sistemas fotovoltaicos em diferentes tipos de prédios (apartamentos, escolas, centros comerciais), tem vindo a ganhar um espaço cada vez maior. Paralelamente, a utilização da tecnologia fotovoltaica em diferentes formas de construção, como por exemplo nos painéis anti-ruído das auto-estradas, está também a crescer de forma acentuada. Um outro tipo de projecto, também em franca expansão, refere-se aos grandes projectos fotovoltaicos que são construídos à superfície do solo, formando grandes centrais fotovoltaicas ligadas à rede. Este tipo de projecto fotovoltaico tem vindo a ser promovido por empresas operadoras do sector eléctrico.

Os sistemas fotovoltaicos autónomos. Trata-se do aproveitamento da energia solar que necessita de ser ajustado à procura energética. Uma vez que a energia produzida não corresponde (na maior parte das vezes) à procura pontual de energia de um consumidor concreto, torna-se obrigatório considerar um sistema de armazenamento (baterias) e meios de apoio complementares de produção de energia (sistemas híbridos).
No caso dos sistemas com ligação à rede, a rede pública de distribuição de electricidade opera como um acumulador de energia eléctrica. Contrastando com o caso Português, em alguns países, como é o caso da Alemanha, a maioria dos sistemas fotovoltaicos encontram-se ligados à rede. Nestes sistemas, a totalidade da energia produzida é injectada na rede pública de distribuição de energia eléctrica, como resultado da receita adicional que é conseguida pelo maior valor que é pago, por cada unidade de energia eléctrica produzida por sistemas fotovoltaicos. Ainda no caso da Alemanha, há previsões no sentido de que, no ano 2050, os sistemas fotovoltaicos possam ser responsáveis por uma fatia significativa da energia eléctrica fornecida (cerca de um terço). Nos próximos anos, será de prever que os sistemas fotovoltaicos sejam progressivamente instalados na Europa. A longo prazo, será mesmo de prever um aumento generalizado da sua procura.
Paralelamente, os sistemas autónomos assumirão um papel de grande relevo nos países em vias de desenvolvimento. A indústria fotovoltaica local poderá ter um papel chave na crescente implementação deste tipo de sistemas domésticos.
Por isso no futuro resta-nos quem sabe olhar com olhos de ver estas duas perspectivas como oportunidade de negócio.
Até breve Emanuel santos