terça-feira, 8 de junho de 2010

Politicamente correcto

É com agrado que hoje vi o Sr. Director, entrar na nossa sala de aula.
O motivo não podia ser melhor, veio responder à nossa petição, embora a resposta para sair cinco minutos mais cedo fosse negada, com a justificação do que é para uns tem de ser igual para todos, é politicamente correcto. Enfim como será de se prever não agradou, mas mesmo assim teve a atitude correcta de nos responder. Com respeito aos sanitários estarem imundos, diz que vai haver melhoramentos, mas é humanamente impossível controlar certas selvajarias que se passam no centro, como deitar fogo ao papel higiénico, entupir deliberadamente as sanitas, partir portas e assim por diante… Também é verdade que não saiu da sala sem antes ter motivado a todos principalmente por nos lembrar o tipo de formação que estamos a tirar que será uma mais-valia para cada um de nós, e descansou-nos por falar que o centro assegura as empresas para estagiarmos, o que é muito positivo para quem estava preocupado.
Só posso concluir que foi politicamente correcto agradeço-lhe a sua visita para nos esclarecer.  
Emanuel santos

3 comentários:

  1. Boa noite.

    Não podia estar mais contente por ter encontrado o vosso blogue, que li com avidez. É tão raro ver uma manifestação de Cidadania, equilibrada e correcta, que acaba por causar perplexidade, quando devia ser encarada com naturalidade.

    Mas isso é outra conversa...

    Para não vos chatear, vou procurar ser breve.

    Daquilo que sei, no tocante a locais de estágio, os formandos de qualquer curso podem apresentar uma proposta de local de estágio ao Centro,desde que as instalações e actividade sejam adequadas à vossa área profissional.

    Digo isto porque como alguns de vós vêem de muito longe, poderá ser vantajoso realizar um estágio geograficamente mais próximo de casa e, quem sabe, talvez até com viabilidade para o futuro.

    O Centro costuma assegurar os estágios, caso os formandos não tenham uma proposta. Tenho amigos a quem isso já aconteceu.

    Mas atenção: cerca de um mês antes de irem para estágio, aconselho-vos a pressionarem o Coordenador, para não terem alguma surpresa desagradável e irem parar a chafaricas com poucas ou nenhumas condições ou sem adequação ao vosso curso em concreto.

    Eu sei porque vos estou a dizer isto.

    Quanto ao director do Centro e os seus discursos (ele gosta muito de se ouvir, pelo que me têm dito), parece-me que há aqui um equívoco e talvez seja boa ideia estarem atentos aos tempos mais próximos.

    Vamos lá a ver se nos entendemos: o director é o responsável pelas decisões de gestão do Centro, certo? Penso que não tem ninguém acima dele aí.

    Logo, tem o poder de decidir sobre a quase totalidade de assuntos que dizem respeito ao centro.

    Vejamos: foi-me dito que há cerca de três semanas dois formandos pegaram-se à pancada no pátio do Centro.

    Se já leram o regulamento do Centro, vem lá referido que estes casos conduzem à expulsão do Centro.

    O segurança que os foi separar fez um relatório da situação, de certeza, para o director.

    Mas no dia seguinte aceitou os formandos de volta, deixando em cheque o coordenador do curso (acho que a turma pertence ao vosso), a Assistente Social (Cláudia?) e o segurança.

    Não tem por isso autoridade moral para vos dizer o que vos disse.

    Quanto aos melhoramentos: tem estado a fazer obras no vosso Centro dias inteiros, pelo que sei, com poeirada, barulho de martelos pneumáticos e outros e os formadores a gritar dentro das salas para se fazerem ouvir. Isto é que é qualidade?

    E que tal fazerem as obras mais ruidosas ao fim de semana? Já alguém viu lá os trabalhadores?

    E as casa de banho? Talvez ele não se aperceba tanto, porque já me disseram, de fonte segura, que ele tem uma casa de banho privativa, no corredor do seu gabinete...

    Deixo-vos por fim (faltei ao prometido e alonguei-me!) a questão dos minutos.

    Uma amiga minha tirou um curso há coisa de dois anos e meio no Centro e nessa altura, a saída era às 14h00. O director era o actual.

    Mas uma colega dela, que apanhava o comboio da Fertagus, fez uma carta ao director a explicar a situação. O técnico (na altura era o sr. Monteiro) deu um parecer favorável e o director, a titulo excepcional, autorizou-a a sair, salvo erro, quinze minutos mais cedo (!)

    Penso que esse devia ser o modelo a seguir. Em vez de saírem à mesma hora os que precisam e os que não, este processo era mais justo para quem precisa de se deslocar para mais longe.

    Já chega de comentário.

    Parabéns a todos e não se deixem levar. Mantenham-se unidos, porque é aí que está a vossa força.


    Um abraço de solidariedade,

    10tacle

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  2. Obrigado 10tacle pelas suas palavras de apoio e solidariedade.
    No bom sentido, estenda sempre o seu tentáculo até aqui ou onde julgue necessário.
    Um igual abraço de solidariedade e profundo reconhecimento.

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  3. realmente o comentario do colega de cima faz todo o sentido e ate é uma grande verdade.. porque eu conheço muita gente no centro que tem 15 minutos para sair mais cedo... o director tambem é de dias..porque recentemente uma colega foi mae e ja fez uma carta a sr.director e no entanto ela so teve direito ao seu 1 mes de maternidade mas a criança precisa de amamentaçao... e o director recusou a sua proposta... ou seja leva as faltas das horas de amamentaçao por uma injustiça do sr... mas no centro o que corre nos corredores é que " so volto a trabalhar aqui quando este director for embora"...

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