sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A Tribologia e o "Atrito" Ferrari

Quando alguém na sala profere a marca Ferrari, como referência a uma peça de rigorosa engenharia, prontamente se levanta tamanha altercação, chegando ao ponto de se ficar com as faces rubras de discórdia.
Tendo em conta esta grande marca, não me parece que as peças de aço que compõem esta nobre viatura sejam de aço figueira, nem tampouco fabricadas a escopro e martelo.
Por isso acredito que as peças que sofrem fricção e desgaste sejam construídas com os melhores materiais e tecnologia disponível.
A partir daqui, pode-se deduzir que as condições de atrito e os mecanismos de desgaste devem ser considerados.
A solução para os problemas com o desgaste passa (entre outros do sistema tribológico) por uma boa lubrificação.
Sendo assim, não acredito que a marca do Cavalinho Rampante utilize um óleo qualquer (óleo de amendoim, por exemplo), para lubrificar as suas belas máquinas.
Talvez, e para não haver tanta controvérsia, quando quisermos confrontar ou ter como referência algum mecanismo, o melhor é compará-lo a uma betoneira, daquelas com motor a dois tempos e que arrancavam a toque de manivela.

Alberto Silva

3 comentários:

  1. Sempre me divirto um pouco quando existem estas discussões envolvendo a marca tabú.
    Por outro lado tenho um motor Lister monocilíndrico, a gasóleo, com o tal arranque de manivela...tem mais de cinquenta anos e funciona!
    Vamos pô-lo com referência no lugar da betoneira...evitamos assim o ruborizar das faces do homem. Um dia ainda rebenta!

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  2. Teremos que ouvir e calar? Entendo que será sempre um solilóquio...
    Não sendo religioso ou falso religioso, não deixo de citar alguém.
    "Deus deu-nos boca e dois ouvidos", mas certas pessoas parecem ser detentoras de toda a verdade.
    "A inveja está dentro dos sete pecados mortais"! Porque sabemos dizer mal daquilo que não conseguimos atingir.
    Eu pessoalmente também não gosto da Ferrari, na minha garagem tira-me o brilhantismo do meu Citroen AX, o mesmo que não se dá muito bem com óleo sintético, chegou mesmo um dia a ter uma congestão oleosa por não estar habituado. lol
    Uma coisa é certa neste curso, quando o terminar? Fico com dever de missão comprida…
    Outra coisa também não sou e espero nunca ser um hipócrita.

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  3. Foi exactamente uma betoneira com um motor Lister, a melhor betoneira com que já trabalhei na vida. Acreditem que passaram muitas pelas minhas mãos e aquela já tinha mais de vinte anos. Só sei que o motor era a diesel, tinha 600 cc de cilindrada e uma força descomunal. Tinha um motor de arranque espetacular - eu. No entanto fez dois prédios comigo e aposto que ainda hoje trabalha.

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