Quando no módulo Processos de Ligação temos uma sessão teórica, a minha curiosidade aumenta ao ponto de quase me provocar uma taquicardia.
Não é a primeira vez que reparo que grande parte da matéria dada é completamente desadequada para adultos, onde a média de idades ronda os 40 anos e com experiência profissional adquirida ao longo dos anos. É o mesmo que dizer…fartos de trabalhar.
Dedicar tanto tempo a falar de limas, brocas e punções de bico?… Desajustado!
Passarmos quase três horas a falar de parafusos e das respectivas cabeças, é realmente para se ficar com os olhos em bico e a cabeça quadrada.
E as ferramentas…?
A chave de fenda é aquela que se utiliza nos parafusos que têm uma racha…
A outra, de estrelinha, serve para os parafusos que têm uma cabeça em cruzinha…
Bem, quando chega a parte da anilha de mola, dá-me quase vontade de chorar, já para não falar na porca de orelhas.
É quase surrealista.
Se nos abstrairmos um pouco e dermos azo à imaginação, somos quase elevados a outra dimensão onde se degustam cabeças de lentilhas com orelhas de porco. E mais, também se dá o nome de gota de sebo à cabeça de lentilha. Já estão a imaginar o refogado que isto daria se lhes juntássemos uns coentros….
É claro que as coisas são para ser chamadas pelos respectivos nomes.
Mas também é evidente que qualquer um de nós tem lá em casa uma ferramentaria, juntamente com várias caixas de parafusos de todo o tipo.
Logo, o mais prático seria perguntar à turma se havia alguma dúvida em relação a estes tipos de materiais ou ferramentas e, sem mais delonga, avançar para matéria mais estimulante.
Alberto Silva
Mais uma vez, concordo contigo. Os referenciais de formação são para ser cumpridos, no entanto, é essencial ter em conta o potencial e a experiência profissional dos formandos.No sentido de tornar a formação mais interessante.
ResponderEliminarTêm os dois razão, mas continuamos a ser tratados como putos que nunca trabalharam nem viram ferramenta. Tantas horas desperdiçadas!...
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