sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Curto-Circuito

Dia 26 de Janeiro
Projecto do Sistema Solar Fotovoltaico
 Foram três horas de bastante confusão para se calcular a potência nos conjuntos de módulos solares ligados em série ou em paralelo.
Metade da turma estava do lado do formador e defendia aquilo que havia sido transmitido. A outra metade defendia-se com unhas e dentes para demonstrar que estavam enganados.
No meio de tanta altercação, já se misturavam Watts com Amperes, tensões com corrente e a lei de Ohm desapareceu misteriosamente.
Não se chegou a bom porto, pois já ninguém ouvia ninguém.
O Formador aflito já delegava responsabilidades para outros sectores. É claro que foi apanhado de surpresa mas, de qualquer das maneiras, não se saiu lá muito bem, pois também ele já baralhava a contenda e os argumentos de que vinha munido, simplesmente, não foram suficientes.
Sem mais delonga, apresento a seguir os cálculos para se achar a potência no sistema em série ou no paralelo.

Potência
 É o produto da tensão pela intensidade de corrente: P=U x I
P é a potência, medida em Watts
U é a tensão aplicada, medida em Volts
I é a corrente que circula, medida em Amperes















            
 Quando se ligam módulos em série, a tensão resultante é a soma da tensão de cada um deles (48V) e a corrente mantém-se (4.16Amp)
Utotal =12 V x 4 = 48 Volts
Se multiplicarmos a tensão total pela corrente, obteremos a potência do conjunto em série
P = U x I = 48 volts x 4.16 Amperes ≅200 Watts














 Aqui temos os mesmos valores por painel. Mas ao contrário do sistema anterior, agora soma-se a corrente e a tensão mantém-se.






Se multiplicarmos a corrente total pela tensão obteremos a potência do conjunto em paralelo
P = U x I = 12 volts x 16.64 Amperes ≅200 Watts

Conclusão
Analisando-se os casos vistos na ligação em série e na ligação em paralelo verificamos que ambos operam com valores de potência idênticos.

Nota: para se dimensionar um projecto na sua totalidade há que ter em conta outros itens, como a demanda, a produção diária dos módulos, a insolação, factores de correcção, autonomia, etc.

Alberto Silva

7 comentários:

  1. boa Alberto , com poucas palavras e poucas contas , aqui se tem uma boa explicação sem grande confusão,só é pena que na aula não houve ninguém a conseguir explicar desta forma, ou porque não sabiam, nem deixavam explicar quem sabia, obrigado Pedro Pacheco, Alberto Silva.... abraço.

    Sérgio Gonçalves

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  2. Quero agradecer ao Alberto e ao Pacheco por terem sido “teimosos.”
    Assim também ficou claro quem quer aprender.

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  3. Eu tentei, várias vezes, mas ou não me deixavam completar o racicínio ou pura e simplesmente não queriam ouvir.Chegou a ser frustrante. Finalmente fez-se luz nalgumas cabeças baralhadas. Nesse caso temos de agradecer ao Hernâni (electricidade), pois foi ele que me ensinou tudo o que sei de electricidade e também quem desfez as dúvidas...a quem as tinha. Bem dizia o José Martins (Desenho Técnico)"os formadores aprendem sempre qualquer coisa com os formandos".

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  4. Ps.Amigo Alberto, a nossa perserverança deu frutos.A tua mensagem é um bom exercício para fazermos em sala de aula.Podemos propor ao Hernâni.

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  5. Obrigado Alberto, Pacheco, Tiago e Emanuel, exceptuando alguns que continuam sem a mente aberta e outros que mudavam a posição das velas conforme a direcção do vento, pela vossa discussão construtiva que me fez aprender mais do que sabia até então. Sem esquecer o experiente e esclarecedor Hernâni.

    Ricardo Coelho

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  6. Viva.
    Não querendo meter-me onde não devo..Concordo plenamente com as formulas descritas e os resultados apresentados, segundo o que aprendi nas aulas teorias de electricidade.

    Um abraço

    Mavioso

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  7. Foi pena não me encontrar presente no dia da dita discussão, mas tá tudo explicado, né Alberto? Força, é assim que questiona-mos a formação que temos. R.J.

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