quinta-feira, 24 de março de 2011

Injustiça Social

No contrato que assinei, com o I.E.F.P., existe uma alínea que contempla uma série de apoios sociais, a que tenho direito. Diz também que o valor desses apoios está sujeito ao valor do I.A.S. (indexante dos apoios sociais). No entanto, depois de ouvir alguns boatos sobre cortes nos apoios, fui chamado ao gabinete de acção social. Então, fui confrontado com uma situação que julgo, além de injusta e desumana, ser ilegal. Queriam que eu assinasse uma adenda, posteriormente anexada ao contrato, onde estaria a autorizar que reduzissem o montante total dos apoios sociais.

Penso que se trata de uma ilegalidade porque, o contrato apenas refere que estamos sujeitos ao valor do I.A.S. e não permite nem prevê um limite total, apesar de, todos os subsídios terem um limite. Ou seja, qualquer subsidio tem um limite máximo que corresponde a uma percentagem do I.A.S. No entanto, a referida adenda estabelece um limite total, onde diz que todos os apoios juntos não podem exceder 85% do I.A.S..
É muito injusto, pelo menos para mim, tenho 2 filhos na creche, tenho um passe social de 90 € e recentemente fiquei sem subsídio de desemprego. Estou quase a entrar em estágio e estava previsto que iria receber uma verba referente ao subsídio de almoço porém, como já excedi os 85% do I.A.S., em aproximadamente 60 €, não vou receber mais nada. Mas vou ter de almoçar e sei que nem sempre vou poder levar almoço de casa.
Recusei-me a assinar a adenda, mas isso não impediu que reduzissem os apoios. Sendo assim, para que servia a adenda? No fim do curso mudam as regras do jogo e querem que concordemos com as mudanças, que só nos prejudicam. Contudo, consultei o despacho normativo onde, supostamente, se baseiam para efectuarem estas alterações. Neste despacho normativo, o ponto nº 1 do artigo 5º refere que “o presente diploma aplica-se apenas às candidaturas que sejam aprovadas a partir do dia 1 de Janeiro de 2011”.
Fiz uma exposição do meu caso no site da Provedoria Geral da República e escrevi uma reclamação no livro de reclamações do Centro de Formação de Setúbal. Aconselho todos a fazerem o mesmo. Pode não ter resultados práticos, mas pelo menos ficam a saber que estamos atentos e que não autorizamos que nos roubem, apesar de nos roubarem na mesma.

Pedro Pacheco

quarta-feira, 23 de março de 2011

Quando não souber o que fazer, invente!

Depois de algumas experiencias, com as ligações dos painéis faltava-nos ligar em fileira com dois inversores ligados á rede.
O formador, propôs-nos esse desafio sem demoras lançámos mãos á obra e começámos por fazer mais um suporte para quatro painéis.
Vejam como esta a ficar…



Emanuel Santos

terça-feira, 22 de março de 2011

E veio a haver Luz

Depois de alguns percalços temos luz.
É verdade que não foi fácil, mas como bons TUGAS que somos demos á luz.
E não é que veio mesmo a calhar! Tivemos uma visita inesperada do nosso coordenador, que quando viu que se fez luz, não hesitou em mostrar a um grupo de visitantes a obra feita…
Estes visitantes, segundo o nosso Formador, elogiaram o nosso trabalho.
Modéstia á parte até o nosso formador inchou… Somos mesmo muito bons.










Emanuel Santos

sexta-feira, 18 de março de 2011

Temos rodas

É verdade!
Já temos as rodas, assim levámos o nosso trabalho até ao sol já que ele não vem ate nós.
As imagens falam por si…



Emanuel Santos

quinta-feira, 17 de março de 2011

conta gotas…

Aos poucos lá foi chegando o nosso material…
Aos poucos, porque entre formador e formandos fomos aos poucos pedindo aqui e ali que nos dessem o que necessitávamos. E como muito bons TUGAS que somos concluímos a nossa instalação…
Agora temos uma bancada com quatro painéis ligados em serie e ligados a um inversor para injectar na rede, mas como não á bela sem se não, a radiação que chega à nossa sala não dá para meter o equipamento a funcionar.


Ou seja temos tensão mas por falta de radiação não temos corrente!
Será que vamos conseguir contornar mais esse obstáculo?
É que fazer uma requisição para que o sol entre na nossa zona, parece que está fora de questão…
Será que vamos conseguir um porta paletes para transportar a bancada até á rua?
Ou haverá um projector com pujança suficiente para nos emprestarem?
Veremos amanha ou nos próximos dias, até porque já não restam muitos.
Emanuel Santos

terça-feira, 15 de março de 2011

Afinal Eu tinha razão!

A 29 de Outubro, quando eu reclamei ou expus aqui no blogue o que ia dentro de mim… Na forma como via a formação a ser ministrada… A vontade de alguns formandos e a falta de material para a prática, fui fortemente criticado…
Hoje tenho a certeza do que digo, foi-nos logo dito naquela altura, que havia material suficiente para todos praticarmos.

Hoje temos uma bancada de trabalho ou para fazer testes, construída por auto-recriação de meia dúzia de teimosos da turma que insistiram em faze-la…


Queremos instalar os ditos painéis, a ideia era ligar uns em serie e outros em paralelo para vermos as diferenças, mas como só são 4 para 16 formandos as coisas complicam-se.
Complicam-se porque em 6 horas de formação, podemos fazer toda a instalação. O grande problema a meu ver é que temos um travão que não nos deixa avançar, tem medo que depois não tenhamos mais nada para fazer nas cerca de 65 horas que falta para acabar.
Foi sugerido que instalássemos e se necessário desmontava tudo e voltamos a instalar as vezes necessárias ate que todos percebam a lógica.
Mas isso é demais para quem provavelmente esta habituado a fazer tudo devagar, devagarinho e parado…
Resultado, chazada… Em instalações precárias, sem as mínimas condições para se praticar o que quer que seja e como se não bastasse temos de fazer todo o trabalho em câmara lenta para que o meu caro colega do lado veja para que lado se aperta um parafuso ou porque é que foi colocado desta ou daquela maneira…



Então para que é serviram todas as aulas que estamos ater há 15 meses?
Ainda não chega de teoria?
Dai-me paciência!
http://fotovoltaicos001.blogspot.com/2010/10/seleccao-natural-ou-desleal.html
Emanuel Santos

sexta-feira, 11 de março de 2011

Afinal de quem é a culpa?

Queremos fazer o trabalho, queremos montar o nosso sistema fotovoltaico, queremos ver resultados, mas o que é que acontece?
Acabamos por desperdiçar o nosso precioso tempo e horas de formação a olhar para os painéis bem arrumadinhos na parte de baixo da bancada e bem tapadinhos, para não se constiparem. Zelo do nosso formador.
A caixa de ferramenta (parecida à da imagem) tem algumas ferramentas, chaves de fenda dos 300 que, para o efeito, servem muito bem. O resto da caixa está preenchido com um “bem” muito precioso, o ar que nós respiramos.
A caixa é realmente muito bonita, mas falta-lhe tudo.
Não há alicates de cravar, não há cabo eléctrico apropriado, não há vontade, não há rigor, não há nada.
 O material vai chegando paulatinamente, não sei se por culpa de uma requisição mal elaborada ou se estas não foram consideradas atempadamente.
Foi-se buscar calha técnica, mas não tínhamos maneira de fixá-la à estrutura. O cuspo por mais ácido que seja continua sem propriedades adesivas, e também não seria muito higiénico. Por isso o melhor é pedir o material adequado para se conseguir fixar o que quer que seja.

O acrílico prometido deve andar perdido no deserto, como o Moisés e a sua Tribo.
O Moisés não tinha grande sentido de orientação mas compensava ao ditar regras.
Parece que aqui se passa o mesmo, andamos um pouco perdidos, mas regras temos com fartura.
Consta que o mais importante é assinar o livro de ponto para justificar o dia.
Frustrante, querermos andar para a frente mas não nos deixam. É frustrante passarmos horas a olhar para as paredes porque não temos o material necessário.

Deixem-nos trabalhar.

Espero que para a próxima aula de 6 horas já haja o restante material, para continuarmos com o nosso projecto.
Se assim não for, sempre podemos fazer um jogo de cartas para passar o tempo.  
                                                                             O trunfo é paus
Quem perder, paga a bujeca na Cova Funda

Alberto Silva

Como era bom encher chouriços!


Houve tempos em que enchíamos chouriços… Hoje já nem isso temos para fazer…  
Porque será????? 
 


Como era bom encher chouriços... 
Emanuel Santos



quarta-feira, 9 de março de 2011

Projecto de sistema solar fotovoltaico - selecção e dimensionamento


Neste módulo  aprendemos a seleccionar o equipamento ideal e a dimensiona-lo, segundo as necessidades do cliente.

Iniciamos com o estudo de viabilidade. Para isso pegamos na potencia total de consumo, dividimos pelo valor médio anual da irradiação do local, multiplicamos pelo valor do factor de perda, que normalmente ronda os, 0,8 – 0,9%, o resultado é potencia em watt. Que depois é dividido pela potência de um painel e o resultado é o número total de painéis necessários para essa produção.  




Devemos sempre, por uma questão de segurança, usar os cálculos com base numa factura e esta deve representar o mês com menor radiação solar e maior consumo energético.

Por exemplo pegando numa factura do mês de Dezembro da zona de Lisboa onde houve um consumo de 200KW, quantos painéis de 160 W mono cristalinos com uma tensão de 18V, seriam necessários para satisfazer as necessidades dessa habitação?

  



Como se pode ver, necessitamos de dez painéis para este consumo que poderiam ser montados 5/5.





Se utilizarmos a média mensal o número de KW consumidos por mês vai baixar, o que vai acontecer é que vamos necessitar de muito menos painéis. O problema vai surgir quando chegar os meses de menor radiação e maior consumo, a insuficiência de captação de energia por falta de painéis vai se notar por que não consegue produzir o que realmente necessitamos nesses meses.  
Assim vimos que vale mais jogar pelo seguro, que é o pior mês de irradiação solar e o que tem maior consumo energético.

Agora que sabemos o numero de painéis que vamos usar, pudemos calcular o controlador de carga. O controlador vai, como  o nome indica, controlar a carga de energia que entra  nas baterias, para que não haja uma sobrecarga e danifique o equipamento.

Para calculara a potência do controlador de car usa-se a fórmula   potencia do painel a multiplicar pelo coeficiente de perda 10%,  a multiplicar pelo número de painéis, a dividir pela tensão  total do banco de baterias.  O resultado é expresso em  Ampere.
Agora que temos o controlador podemos calcular a capacidade do banco de baterias.





Podemos saber que capacidade deve ter uma bateria de 12V para armazenar 330W procedentes de um módulo fotovoltaico?




Depois podemos calcular que tipo de banco de baterias necessita para uma acumulação de x dias sem sol.

Por exemplo para um consumo de 900w durante 7 horas por dia, necessito de uma autonomia de 7 dias, a uma tensão de 12v e a profundidade de descarga é de 60%.
Quantos Amperes necessitam?
Quantas baterias necessitam tendo em conta que cada uma tem 100A?

  

Como se pode ver necessitamos de 62 baterias.

O inversor é proporcional à potência do total de painéis instalados.

No final fizemos um teste onde pudemos por os conhecimentos nossos á prova. Agora que este que terminou posso dizer que sei organizar o processo de um projecto, definindo a estrutura documental, de acordo com as regras de procedimento. Aprendi a seleccionar e dimensionar o sistema solar fotovoltaico em termos globais e relativamente a todos os seus elementos constituintes.
Certamente que poderíamos ter aprendido muito mais, mas com falta de material e em instalações precárias, ficámo-nos pela teoria.
Emanuel Santos