sexta-feira, 26 de novembro de 2010

UMA PEDRA NO SAPATO


    Caros leitores.
    Votei-me voluntariamente ao silêncio, desde há algum tempo. Estou agora a quebrar tal voto, para que a pressão interior não aumente demasiado. Retirar-me-ia assim o agrado por frequentar este Centro de Formação.
    Centro este onde ao invés de num passado recente, tudo vai bem. Não fosse o chover no interior como na rua, e estaria irrepreensível o funcionamento. Não fossem as obras intermináveis, que não incluem o telhado…que maravilha, exemplar. Se não fossem as instalações sanitárias…autêntico ouro sobre azul.
    Sobre a minha Formação não me quero pronunciar. Garanto que tudo corre bem. O enchimento de chouriços acabou. A palha indigerível, foi comida por um burro, que por aqui passou. O método aplicado na formação, é um autêntico trabalho de génios.
    Módulos pouco ou nada adequados à área em causa, acabaram…comigo.
    As sessões práticas, um exemplo a seguir, no planeta Toys"R"Us.
    O bom senso impede-me de ser honesto comigo mesmo…é verdade!
   Diziam os mais velhos na sua sabedoria: “Não cuspas no prato onde comes”. Não estou a comer nada, mas iria prejudicar (me), revelar tudo ao pormenor.
    Vou então ser infiel a mim mesmo, vou pactuar com o podre sistema instituído, em nome do grupo de formandos de que faço parte.
    Talvez se conseguir comprar um guarda-chuva, venha mesmo a participar na Festa de Natal.
                                          Luís Contumélias


6 comentários:

  1. Para começar, é de saudar o teu regresso ao activo. Eu nem sabia que tinha havido eleições. De qualquer das maneiras, se votaste fizeste bem.
    Desde que começaram as obras que digo: deviam começar pelo telhado, as construções não começam pelo telhado, mas as remodelações sim. Pelo menos para que não se estrague o que de novo for feito, tal como está a acontecer. Mas eu sou só um simples desempregado, provavelmente não percebo nada disto e estou a falar sem razão. Sobre os W.C. nem falo, não quero que digam que estou a atacar as senhoras da limpeza. Entendo as tuas reservas em relação a outras situações, também eu já percebi que é melhor pactuar com o sistema (muito a contragosto). Parece-me, no entanto, que estás equivocado. Para já não chove no centro como na rua. Chove mais no centro. Às vezes venho da rua, não está a chover e até à nossa sala arrisco-me a apanhar uma molha. Outras vezes saímos da sala e está a chover (dentro do centro), quando chegamos cá fora não chove (deve ser a tal pressão interna de que falas). Eu estou indeciso, não sei se compre um chapéu-de-chuva ou umas galochas (com ventosas).

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  2. Eu optei pelas barbatanas. A água é mesmo muita!!!

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  3. Como te compreendo, estamos numa democracia que temos de medir ou calcular o que dizemos ou escrevemos... mas enfim melhores dias virão.
    Só espero que o motivo da sua ausência não tenha sido algum comentário ou artigo por mim publicado, se foi, o meu pedido de desculpa, porque só ao ler me apercebi.

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  4. Há umas semanas atrás, o governo civil de Lisboa alertou com antecedência as autoridades competentes que iria cair uma quantidade anormal de chuva em pouco espaço de tempo. A competente Câmara nada fez e os resultados foram avultados prejuízos com as respectivas cheias.
    Neste centro de formação cada vez que chove vê-se a água a escorrer pelas paredes abaixo, pontos de luz a verter água e cabos eléctricos cheios de água com esta a desaguar em várias salas de aula. Coincidência? ou o deixa andar da ingerência pública.

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  5. Tudo vai bem! Calma Emanuel, não existiu motivo algum para me remeter ao silêncio!
    Tranquilo!

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