O presidente da APESF acredita que o futuro está na produção
para consumo.
O sector fotovoltaico passa por uma fase
"conturbada", mas esta crise vai contribuir para uma mudança de
"paradigma", acredita o presidente da Associação Portuguesa das
Empresas do Sector Fotovoltaico (APESF), Alexandre Cruz.
"As pessoas vão deixar de ver a instalação de painéis fotovoltaicos como um investimento financeiro e sim como uma forma de poupança energética e, em última análise, financeira", defende. "Estamos a passar de uma política de venda à rede para uma política de autoconsumo", considera Alexandre Cruz, dizendo saber que o Governo estará a preparar um decreto-lei que vai regular o autoconsumo de energia eléctrica. Apesar de não saber exactamentequando sairá esse diploma e, concretamente qual será o seu conteúdo, a APESFacredita que "os apoios à produção vão acabar totalmente". O mesmo já estará a acontecer, por exemplo, na Alemanha, onde o fim das tarifas ‘feed in' têm estado a contribuir para uma redifinição do sector(ver entrevista ao lado). Alexandre Cruz lembra, no entanto, que neste país "há apoios a quem concilia produção com armazenamento".
EmPortugal, a microprodução foi responsável por 117GWh até Junho deste ano, um valor que ultrapassou o registado em 2012 por inteiro. No entanto, a maioria desta microprodução é vendida à rede, o que aliás é obrigatório por lei.
"Quem faz autoprodução explora uma série de vazios legais. Daí a importância de uma lei que regule a autoprodução. Será um incentivo", seja à poupança energética seja aonegócio da minigeração, que "tem sido prejudicado", considera o presidente da APESF, que representa cerca de 37 empresas, entre os quais os maiores fabricantes de material fotovoltaico com expressão internacional.
Ainda no que repeita à micro e miniprodução, Alexandre Cruz acredita que com o fim das tarifas apoiadas, este ano a oferta de de potência vai ser "maior que a procura", tendência bastante diferente da registada até agora. Daí a importância da aposta na produção para consumo. "Acredito em vários sistemas pequenos, em detrimento de sistemas grandes também porque uma das suas vantagens é alimentar pequenas e micro empresas que põem a economia a funcionar", acredita.
A indefinição de políticas públicas na área das renováveis tem levado ao encerramento de muitas empresas, sendo a maioria precisamente micro e pequenas. A indefinição é um risco para qualquer sector, e tem estado a causar danos nas empresas do sector fotovoltaico. José Andrade, ‘manager' da Unidade de Negócio Solar da Schneider Electric Portugal, resume o problema: "A paz de espírito é fundamental e hoje nem todas as empresas de energia solar fotovoltaica existentes podem oferecer garantias de que peças de reposição, serviços e suporte técnico estarão continuamente disponíveis nos próximos 20 ou mais anos de vida de uma instalação solar".
"As pessoas vão deixar de ver a instalação de painéis fotovoltaicos como um investimento financeiro e sim como uma forma de poupança energética e, em última análise, financeira", defende. "Estamos a passar de uma política de venda à rede para uma política de autoconsumo", considera Alexandre Cruz, dizendo saber que o Governo estará a preparar um decreto-lei que vai regular o autoconsumo de energia eléctrica. Apesar de não saber exactamentequando sairá esse diploma e, concretamente qual será o seu conteúdo, a APESFacredita que "os apoios à produção vão acabar totalmente". O mesmo já estará a acontecer, por exemplo, na Alemanha, onde o fim das tarifas ‘feed in' têm estado a contribuir para uma redifinição do sector(ver entrevista ao lado). Alexandre Cruz lembra, no entanto, que neste país "há apoios a quem concilia produção com armazenamento".
EmPortugal, a microprodução foi responsável por 117GWh até Junho deste ano, um valor que ultrapassou o registado em 2012 por inteiro. No entanto, a maioria desta microprodução é vendida à rede, o que aliás é obrigatório por lei.
"Quem faz autoprodução explora uma série de vazios legais. Daí a importância de uma lei que regule a autoprodução. Será um incentivo", seja à poupança energética seja aonegócio da minigeração, que "tem sido prejudicado", considera o presidente da APESF, que representa cerca de 37 empresas, entre os quais os maiores fabricantes de material fotovoltaico com expressão internacional.
Ainda no que repeita à micro e miniprodução, Alexandre Cruz acredita que com o fim das tarifas apoiadas, este ano a oferta de de potência vai ser "maior que a procura", tendência bastante diferente da registada até agora. Daí a importância da aposta na produção para consumo. "Acredito em vários sistemas pequenos, em detrimento de sistemas grandes também porque uma das suas vantagens é alimentar pequenas e micro empresas que põem a economia a funcionar", acredita.
A indefinição de políticas públicas na área das renováveis tem levado ao encerramento de muitas empresas, sendo a maioria precisamente micro e pequenas. A indefinição é um risco para qualquer sector, e tem estado a causar danos nas empresas do sector fotovoltaico. José Andrade, ‘manager' da Unidade de Negócio Solar da Schneider Electric Portugal, resume o problema: "A paz de espírito é fundamental e hoje nem todas as empresas de energia solar fotovoltaica existentes podem oferecer garantias de que peças de reposição, serviços e suporte técnico estarão continuamente disponíveis nos próximos 20 ou mais anos de vida de uma instalação solar".