O Sol é a nossa principal fonte de energia, responsável pela manutenção das várias formas de vida existentes na Terra. Trata-se de um recurso praticamente inesgotável e constante, quando comparado com a nossa escala de existência neste planeta.
No centro do Sol, mais propriamente numa região denominada fotosfera solar (camada muito ténue com aproximadamente 300 km de espessura e temperatura superficial da ordem dos 5800 ºK), a energia resultante das reações de fusão dos núcleos dos átomos de hidrogénio, originando núcleos de hélio, é radiada para o espaço sobre a forma de energia eletromagnética, a uma velocidade próxima dos 300.000 km por segundo. Esta energia, ao atingir a atmosfera terrestre pode ser absorvido ou refletida pelos seus diferentes componentes.
A distribuição espectral desta radiação é constituída por radiação na gama dos raios ultravioletas (7%), luz visível (47%) e raios infravermelhos (46%).
Após atravessar a atmosfera, num dia de céu relativamente limpo, a radiação solar atinge a superfície terrestre com uma potência inferior em cerca de 30% da registada no topo da mesma, ou seja, aproximadamente, de 1000 W/m2.
Esta radiação que atinge o solo é constituída por três componentes:
- Radiação direta – atinge diretamente a superfície
- Radiação difusa – desviada em diferentes direções pelos componentes da atmosfera
- Radiação refletida – proveniente da reflexão no solo e objetos circundantes
O Sol fornece anualmente, para a atmosfera terrestre, uma quantidade enorme de energia (avaliada em 1,5 x 1018 kWh), correspondente a cerca de 10.000 vezes o consumo mundial de energia verificado nesse mesmo período. No entanto, esta fonte é considerada demasiado dispersa, com as vantagens e os inconvenientes dai decorrentes. A sua grande vantagem reside no facto de se tratar de uma fonte de energia repartida equitativamente.
Em Portugal, o potencial disponível é bastante considerável, sendo um dos países da Europa com melhores condições para aproveitamento deste recurso, dispondo de um número médio anual de horas de Sol, variável entre 2200 e 3000, no continente, e entre 1700 e 2200, respetivamente, nos arquipélagos dos Açores e da Madeira. Na Alemanha, por exemplo, este indicador varia entre 1200 e 1700 horas.
A grande vantagem da energia solar reside sobretudo em:
- Utilizações finais ou diretas;
- Aplicações distribuídas;
- Disponibilidades geográficas, sobretudo em locais onde outras fontes de Energia são escassas ou não estão presentes.
A energia solar pode ser utilizada diretamente para aquecer e iluminar edifícios, aquecer água de piscinas, sobretudo em equipamentos sociais, para fornecimento de água quente sanitária nos sectores doméstico, serviços, indústria e agropecuária.
A energia solar também possibilita a produção de elevadas temperaturas para produção de vapor de processo ou geração de eletricidade, através de tecnologias de concentração da radiação.
Através do efeito fotovoltaico converte-se a radiação solar em energia elétrica.
Podem não dar importância a tudo isto mas, a seca é uma realidade cada vez mais presente em Portugal. O Sol continua a oferecer aquilo que muitos recusam principalmente governos e interesses como os da EDP que preferem ser dependentes do petróleo, gaz natural e afins, quando poderiam exportar energia solar se apostassem na sua captação e posterior comercialização. Poderíamos ser energeticamente INDEPENDENTES…